quarta-feira, 1 de setembro de 2010

London, sweet London. And the bitter end...

Apesar de já nos encontrarmos em Portugal, claro que teríamos de contar a nossa história até ao fim, temos uma legião de fãs para contentar... E assim, este, muito provavelmente, será o último post deste blog, que eventualmente cairá no esquecimento.
Bom, depois de Amesterdão, a ideia era eu, o Luís e o Kiko irmos até Londres, apanhando o comboio em Bruxelas e os restantes irem até Paris para apanharem o avião de volta a Portugal. No entanto, por motivos que não têm interesse suficiente para serem mencionados, a ida para Londres a partir de Bruxelas não era possível (algo que só nos apercebemos quando lá chegamos). Assim, decidimos passar a noite em Bruxelas, para dormirmos sobre o assunto e pensar o próximo passo a tomar.
Ficámos em casa do padrinho do Kiko, a quem agradeço em nome de todos nós (ele não deve fazer parte da nossa legião de fãs já referida, mas fica o agradecimento feito na mesma) pela estadia e pela visita guiada. A cidade é muito pacífica, notando-se que o nível de vida é muito bom. Jantámos por lá e demos uma volta à noite, a cidade continuava pacífica mas até teve a sua piada. Não, não vimos a estátua do menino a urinar, também não a procurámos. Ao fim de umas horas lá voltámos para casa e no dia seguinte voltámos à Holanda, onde apanhámos um barco até Harwich e depois o comboio até Londres. O plano que ficou decidido seria ficar em Londres 4 noites, seguir para Paris, 4 noites lá e voar para Portugal.
De volta aos Hostels, este era demasiado calmo, com demasiadas regras, ficámos num quarto de 12 e depois num quarto de 15 pessoas e, cereja em cima do bolo, desapareceu algum dinheiro que o Luís tinha na mala. Apesar disto, estávamos em Londres, para mim, uma das cidades mais fascinantes à face da Terra (sim, eu sei que mesmo depois deste interrail não conheço muito, mas Londres é Londres!). Só já eramos 3, e por vezes as pernas já fraquejavam e a paciência também se esgota, mas a estadia no geral foi bastante agradável. Dormimos sempre até à hora de almoço, almoçávamos e íamos dar uma volta. Ao longo daqueles dias fomos umas vezes a Picadilly, ao Harrods, claro que passámos pelo Big Ben e pelo London Eye (que ficavam muito perto do nosso Hostel) e a um ou outro museu. No último dia fomos ao museu da ciência (o Kiko ficou no Hostel) e no momento em que eu e o Luís nos deparámos com integrais sentimos um sabor azedo, um sabor a IST, não é que não gostemos daquilo, mas é sinal de fim de férias, e rapidamente fugimos de lá. Com o Kiko, no primeiro dia, fomos ao Imperial War Museum. Numa palavra: brutal. Não vimos tudo, com alguma pena minha, era suposto termos lá voltado mas depois acabou por não acontecer. E assim se passaram os dias em Londres, sem muito mais a acrescentar, à excepção de um ou outro momento cliché em que estamos a falar português convencidos que ninguém nos entende e depois as pessoas à nossa volta ou a quem nos estamos a referir são portugueses... Azar... Também nunca mais os vejo na vida... Felizmente, nunca houve a necessidade de correr.
Como é sabido, o Kiko voltaria para Portugal mais cedo, directamente de Londres, e por um conjunto de circunstâncias, eu e o Luís fizemos o mesmo, voámos para Portugal no mesmo dia mas num avião diferente. Foi pena, não cheguei a ver Paris, mas também não está assim tão longe, fica para a próxima.
E ao fim de umas horas... O sonho acabou. Estávamos em Portugal. Não é que não goste disto, muito pelo contrário, ao longo deste mês deu para ver que, embora Portugal tenha os seus defeitos, ganha muito em muitos outros aspectos em relação aos outros países. Não chego ao cúmulo de dizer que tenho saudades da calçada portuguesas como alguns, mas já tinha saudades de algumas coisas. Mas as aulas começam dia 13 e por mim só voltávamos dia... 12. Infelizmente já cá estou há uns dias, em Elvas, a apanhar uma seca brutal, que, muito provavelmente, é a causa da minha escrita mais sóbria que o usual, pelo que me desculpo. Espero que tenham gostado de acompanhar a nossa aventura, acreditem que foi muito melhor vivê-la e aconselho a toda a gente a experiência.
The Fucking End
Rui Alves
Ps. Castro, desculpa lá, não fizemos o filme da gaivota. Mas foi por esquecimento e não por falta de coragem, até já tínhamos guião! Apenas nunca vimos um grupo de gajas em que disséssemos "GAIVOTA NAQUELAS!" e pronto... Agora já não dá...

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